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Vale da Coroa Capítulo 4

18 de dezembro de 2016 Deixe um comentário

O mais perigoso predador não é o mais feroz, mas o mais paciente.

 

Capítulo IV – Ano 145 da Era Humana – Outono

 

Não era muito difícil rastrear William Dufort, afinal de contas ele nem mesmo tentava se esconder. Muito pelo contrário, o desgraçado arrogante parecia fazer questão que todos os habitantes do Gigante soubessem onde ele está. O problema do Décimo-Quarto Kaziel não era a facilidade de rastrear William, mas a dificuldade de matá-lo.

O Décimo-Quarto Kaziel observou o paladino por meses. Quando o Culto do Ódio descobriu que o responsável pela miséria do seu povo, Comandante Dufort pretendia estabelecer residência fora do Vale da Coroa imediatamente enviaram os Kaziel para a missão para o qual eles foram criados. O Décimo-Quarto facilmente o localizou e estudou sua nova rotina para preparar seu assassinato. William Dufort possuía muitos lacaios, alguns deles iniciaram a construção de sua nova residência antes mesmo de ele se mudar. A poucos quilômetros ao Sudeste do Vale da Coroa eles localizam uma pequena lagoa em um bosque aberto com árvores espaçadas, o bosque ficava em um trecho de planície surpreendentemente plano com o único relevo próximo sendo uma suave elevação que mal poderia ser chamada de colina a cerca de 200 metros do lago. O Décimo-Quarto Kaziel observou quando os lacaios de William derrubaram as arvores que ficavam entre o lago e a colina e se valendo também de materiais e instrumentos entregues por algumas carroças vindas do Vale da Coroa, ergueram uma paliçada simples de dois metros de altura cercando uma área que incluía a pequena lagoa e a colina, cujo topo foi escolhido para erguer um edifício alto e retangular feito de pedra, com duas grandes janelas de vidros no andar mais alto. Enquanto a construção prosseguia mais pessoas se juntavam a eles, alguns vindos do Vale e outros de lugares diversos do continente.

O Décimo-Quarto Kaziel observou tudo de uma distância segura usando uma luneta. Acampava longe e dormia bem camuflado, ele foi discreto e paciente. Não tinha problemas em sobreviver por conta próprias por longos períodos e nunca sentiu falta de conforto ou de companhia. Depois de quatro meses que iniciaram as construções o seu se estabeleceu permanentemente nesse lugarejo. Nos dias que seguiram à sua chegada muitas novas pessoas chegaram ao local, a maioria se fixou permanentemente, inicialmente dormiam numa casa comum e redonda e recebiam material para erguer a própria casa. A paliçada foi reforçada e torres de vigia foram construídas adjacentes a ela. As casas lá dentro ficaram mais complexas, plantações e criações de animais como porcos, galinhas e carneiros, assim como a caça e pesca, garantiam alimento para todos.

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Categorias:Manuscrito e outros, RPG